Essa é uma pergunta muito frequente no momento.
O mundo inteiro está procurando e esperando por uma vacina contra o coronavírus. Temos, no momento, várias possibilidades promissoras em ensaios clínicos, com resultados animadores. Mas, ainda há um longo caminho a percorrer para uma vacina infantil.
Resumindo, a primeira vacina COVID-19 provavelmente não será e não deveria ser aprovada para crianças.
Para manter esta pandemia sob controle, vamos precisar de algum tipo de vacina para adultos e crianças o mais rápido possível. Contudo, os fabricantes estão testando apenas uma versão adulta.
Mas, por que isto?
Os dados mostram que a doença grave de COVID-19 tende a acontecer em adultos (especialmente nos mais velhos). Não estamos vendo o mesmo tipo de resposta ou doença nas crianças.
Isso não quer dizer que as crianças sejam imunes à COVID-19, porque não são, mas tendem a ser mais resistentes e se sair melhor se adoecerem, embora um número muito pequeno de crianças tenha desenvolvido uma doença inflamatória grave associada ao coronavírus.
“Quando tivermos uma vacina para adultos disponível, muitas das empresas provavelmente passarão a desenvolver uma para crianças. É difícil iniciar um teste em crianças. Elas são uma população especial e vulnerável e devemos protegê-las, porque elas não podem tomar decisões por si mesmas. Em ensaios clínicos, seja para uma vacina ou qualquer tipo de tratamento, não devemos acelerar as coisas, já que é uma questão de proteção e segurança”, alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo, Campinas e a distância.
Portanto, a prioridade agora é uma vacina para adultos, não apenas por causa dos resultados que estamos vendo, mas porque uma vacina para adultos terá uma criação mais rápida devido ao risco potencial e às rigorosas precauções de segurança necessárias para o desenvolvimento de uma vacina infantil.
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Estudo
Um recente estudo demonstrou o impacto causado na vida das crianças americanas com menos de 12 anos devido ao fechamento das escolas pela pandemia. O impacto foi assustador em tempo de vida perdido (menor expectativa de vida) e maior ruptura educacional.
O modelo analítico realizado descobriu que a falta de instrução durante 2020 pode estar associada a uma estimativa de 5,53 milhões de anos de vida perdidos na população americana. Essa perda na expectativa de vida provavelmente é maior do que o risco de que a abertura das escolas tivesse levado a uma expansão da primeira onda da pandemia.
Detalhe que no estudo as escolas ficaram fechadas, em média, por 54 dias!
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Sistema imunológico em crianças
O sistema imunológico em crianças pode variar muito dependendo da idade. Uma pessoa de 16 anos terá um sistema imunológico muito diferente de uma de 16 meses, por exemplo. Ou seja, o sistema imunológico cresce junto à criança. Por causa disso, dados e pesquisas adicionais são necessários ao avaliar uma vacina para elas.
Para os adultos, geralmente forma-se grupos entre 18 e 65 anos e mais de 65 anos. Com as crianças, há uma variação muito maior em termos de estágios e idades, porque elas ainda estão crescendo e se desenvolvendo. Tudo isso deve ser levado em consideração com uma vacina, uma vez que crianças de várias idades provavelmente responderão de maneiras diferentes.
Por causa de todos os desafios com o sistema imunológico infantil e os protocolos de proteção e segurança em ensaios clínicos, quando uma vacina para a COVID-19 estiver disponível, provavelmente não será aprovada para crianças. No entanto, ainda é importante observar que, para controlar a pandemia, será necessário vacinar adultos e crianças.
Teremos de aprender a conviver com esta doença. Não há justificativa científica para manter as escolas fechadas. O impacto que isto está causando ainda é imensurável, mas com potencial catastrófico.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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