Sensibilidade ou intolerância alimentar: por que é importante saber o que é isso, principalmente se você tem Lipedema?

O especialista

+2 mil cirurgias no mundo
+10 mil pacientes atendidos

+2 mil cirurgias
+10 mil pacientes

+100 artigos publicados

Sensibilidade ou intolerância alimentar: por que é importante saber o que é isso, principalmente se você tem Lipedema?

Sensibilidade e intolerância alimentar

 

Sensibilidade e intolerância alimentar
Dentro da barriga, temos um revestimento intestinal que controla o que é absorvido pela corrente sanguínea.

 

Antes que a comunidade médica tivesse um melhor entendimento dos mecanismos que causam as doenças, os médicos acreditavam que certas enfermidades poderiam ser originadas de desequilíbrios no estômago. Isso foi chamado de hipocondria (no grego antigo, hipocôndrio se refere à parte superior do abdômen, a região entre o esterno e o umbigo).

Este conceito foi rejeitado à medida que a ciência evoluiu e, por exemplo, poderíamos olhar em um microscópio e ver bactérias, parasitas e vírus. O significado do termo mudou e, por muitos anos, os médicos usam a palavra “hipocondríaco” para descrever uma pessoa que tem um medo persistente, muitas vezes inexplicável, de ter uma doença grave. Mas, e se esse conceito antigo de doenças originadas no intestino realmente contiver alguma verdade? Será que algumas das doenças crônicas que a sociedade enfrenta hoje podem estar associadas a um sistema gastrointestinal disfuncional?

Uma única camada de células contíguas separa o interior do corpo do ambiente externo, protegendo-o de micróbios e antígenos potencialmente nocivos. Esta barreira intestinal é composta por um revestimento de células epiteliais conectadas por junções que selam os espaços paracelulares entre os enterócitos. Originalmente consideradas estáticas, as tight junctions são agora conhecidas como porteiros dinâmicos, abrindo e fechando em resposta a fatores dietéticos, sinais neuronais e patógenos.

“A importância da barreira intestinal tornou-se aparente na década de 1990, quando os pesquisadores injetaram extratos de bactérias diretamente na parede do cólon de ratos. Isso desencadeou uma inflamação sistêmica e um distúrbio inflamatório no intestino semelhante à doença de Crohn. Desde então, a perda da integridade da barreira intestinal demonstrou afetar a homeostase imunológica e desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de uma variedade de condições, incluindo doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável, doença celíaca, tireoidite, diabetes mellitus tipo 1, artrite reumatóide, doenças auto-imunes e Lipedema”, relata o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular, médico especialista em Lipedema, que atende em São Paulo, Campinas e a distância.

LEIA TAMBÉM: O que você come tem um impacto enorme na sua saúde, principalmente se você tem Lipedema

Dentro da nossa barriga, temos um revestimento intestinal extenso que cobre mais de 370 metros quadrados de área de superfície. Quando funcionando corretamente, ele forma uma barreira rígida que controla o que é absorvido pela corrente sanguínea. Um revestimento intestinal insalubre pode ter grandes rachaduras ou buracos, permitindo que alimentos parcialmente digeridos, toxinas e bactérias penetrem nos tecidos abaixo dele. Isso pode desencadear inflamação e alterações na flora intestinal (bactérias normais) que podem levar a problemas dentro e fora do trato digestivo. Muitos estudos mostram que modificações nas bactérias intestinais e inflamação podem desempenhar um papel no desenvolvimento de várias doenças crônicas comuns.

Revestimento intestinal e a intolerancia alimentar

Todos nós temos algum grau de permeabilidade intestinal, já que essa barreira não é completamente impenetrável (e não deveria ser!). Alguns de nós podem ter uma predisposição genética e podem ser mais sensíveis a mudanças no sistema digestivo, mas o nosso DNA não é o único culpado. A vida moderna pode, na verdade, ser a principal causa da inflamação intestinal. Há evidências emergentes de que a dieta ocidental padrão, que é pobre em fibras e rica em açúcar e gorduras saturadas, pode iniciar esse processo. O uso excessivo de álcool e o estresse também parecem atrapalhar esse equilíbrio.

Alguns estudos mostram que esse aumento da permeabilidade pode estar associado a doenças autoimunes (lúpus, diabetes tipo 1, esclerose múltipla), síndrome da fadiga crônica, fibromialgia, artrite, alergias, asma, acne, obesidade, Lipedema e até doenças mentais.

Pesquisadores alemães publicaram um estudo na Gastroenterology em 2014, no qual descreveram a investigação de suspeitas de intolerâncias alimentares em 36 pacientes usando endomicroscopia confocal a laser (CLE) para visualização em tempo real de mudanças estruturais no epitélio intestinal após a exposição alimentar.

Durante o estudo, antígenos alimentares diluídos foram administrados diretamente na mucosa do intestino delgado por meio de um endoscópio. Vinte e dois dos 36 pacientes apresentaram resposta aos antígenos; dentro de cinco minutos após a exposição, as lacunas epiteliais se formaram e os espaços intervilosos se alargaram na mucosa intestinal. Não houve resposta nos 14 pacientes restantes ou nos 10 controles. Os pacientes que apresentaram uma resposta positiva foram então colocados em uma dieta de exclusão. Todos experimentaram uma melhora de mais de 50% nos sintomas após quatro semanas e uma melhora de 74% em 12 meses.

“O primeiro desafio é determinar se uma pessoa é realmente sensível a um determinado alimento. Diagnosticar uma sensibilidade alimentar pode ser difícil, pois temos outros fatores que afetam a permeabilidade intestinal, como antiinflamatórios não esteróides e tabagismo, inflamação crônica e alterações no microbioma intestinal. Se uma paciente com sensibilidade alimentar quiser ser diagnosticada corretamente, todos esses outros fatores devem ser levados em consideração e, felizmente, hoje temos exames bons que podem ser colhidos em casa”, indica o Dr. Daniel Benitti.

Embora ainda seja incomum ouvir o termo “permeabilidade intestinal aumentada” na maioria dos consultórios médicos, já temos evidências há décadas de que a cura do intestino é um passo inicial para tratar doenças crônicas. Um passo inicial fundamental é remover alimentos que podem ser inflamatórios e promover mudanças na flora intestinal. Entre os mais comuns estão o álcool, alimentos processados, certos medicamentos e quaisquer alimentos que possam causar alergias ou sensibilidades.

Lembrando que, quanto mais a pessoa varia os alimentos ingeridos, menor a chance de um alimento causar inflamação e aumento da permeabilidade intestinal. O ideal é se alimentar de 16-17 alimentos saudáveis diferentes.

LEIA TAMBÉM: 7 alimentos que você deveria comer diariamente

LEIA TAMBÉM: Você come praticamente todos os dias a mesma coisa?

[ms_icon icon=”fa-phone” size=”14″ color=”#fdd200″ icon_box=”no” class=”” id=””]

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

[ms_icon icon=”fa-envelope-o” size=”14″ color=”#fdd200″ icon_box=”no” class=”” id=””]

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

[caldera_form id=”CF56d18683ddabc”]

Gostou? Compartilhe.

Deixe um comentário

Deixe um comentário

Você pode gostar também

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti ministrou uma aula sobre Osirix e Multilayer para tratamento de aneurisma no Curso IAPACE no último sábado (25 de março de 2017). Agradecemos a todos os participantes e, principalmente, ao nosso grande amigo Dr. Sergio Belczak pelo convite!

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti participou do programa “Consulta ao Doutor” da Rit TV, com a jornalista Denise Luque.

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti participou do CICE 2017, um dos principais congressos de cirurgia endovascular do mundo. No evento ele apresentou uma aula sobre a experiência brasileira no tratamento de aneurismas com a endoprótese multilayer. Mais de 200 pacientes operados sem nenhum caso de paraplegia!

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti ministrou uma aula sobre tratamento de aneurisma com multilayer no Veith Symposium em Nova York.

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti participou do XXXI Encontro de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro e palestrou sobre a utilização da endoprótese multilayer no tratamento de aneurisma tóraco-abdominal.

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti (terceiro da esquerda para a direita) participou da IV Jornada Baiana de Angiologia e Cirurgia Vascular, em Salvador, nos dias 28 e 29 de outubro. Na foto também está presente o Dr. Mauricio Aquino, presidente da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular) Bahia.

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti ministrou no último sábado, 01, uma palestra sobre o tratamento de aneurismas com a endoprótese multilayer, em Porto Alegre. Na foto, Dr. Daniel Benitti (ao centro) com os diretores da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio Grande do Sul.

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti (primeiro da esquerda para a direita) participou do 1º Congresso de Cirurgia da Universidade Santo Amaro, discutindo casos de cirurgia endovascular. O evento também contou com a presença do Dr. Alexandre Amato e do Dr. Adnam Neser.

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti ministra aula no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, sobre a endoprótesse multilayer no tratamento de aneurismas, mostrando a experiência nacional e mundial com esta tecnologia disruptiva. (na foto: à esquerda Dr. Daniel Benitti e à direita Dr. Carlos Alberto Fernandes Costa)

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti participa do Encontro Norte-Nordeste de Angiologia e Cirurgia Vascular 2016, palestrando sobre o tratamento de aneurisma da Aorta.

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti participa, junto ao Dr. Alexandre Amato, do XV Encontro Paranaense de Cirurgia Vascular e Endovascular, Angiologia e Ecografia Vascular.

O cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti na Veith 2014 representando o Brasil

Depoimentos

O que as nossas pacientes estão falando.