Todos nós já presenciamos a cena de alguém criticar o que o outro está comendo ou comentar sobre o que estava no prato de outra pessoa. Mas, quando o bullying alimentar acontece com você, é um pouco diferente. Não importa quem seja a pessoa, muitas vezes é de quem a gente menos espera, inclusive uma mãe ou uma avó, a partir do momento que o insulto é lançado, ele acerta e dói.

Certamente, diversos momentos e situações estão vindo à sua memória. Muitos deles desagradáveis e que não deveriam acontecer.

Por que as pessoas sentem a necessidade de julgar as escolhas alimentares das outras? Como devemos lidar com aqueles que sempre gostam de dar opinião sobre o que está no prato ou mãos dos outros?

O que é bullying alimentar?

O bullying alimentar pode vir de muitas formas diferentes. Podem ser comentários sobre o tipo de comida que você está comendo, por exemplo, se você está comendo o seu prato favorito e alguém menciona como ele é estranho. Pode também ser um comentário sobre a qualidade da comida, contagem de calorias / gordura / carboidratos ou apenas um comentário sobre o tamanho das porções.

Exemplos:

• Nossa! O seu prato pode alimentar uma família inteira!
• Você sabe que o que está comendo não é bom para você?
• Isso cheira mal. O que diabos é isso?!?
• Isso tem muita gordura! Cuidado com o seu fígado.
• Você não precisa comer tudo. Você vai ganhar alguns quilos.
• Isso é tudo que você está comendo? Você já é magra o suficiente.
• Não, ele não vai comer isso!

“Esses julgamentos alimentares são muito comuns e ofensivos. Machucam e acabam com o prazer que a pessoa tem de comer e muitas vezes podem causar distúrbios alimentares. Quase metade das mulheres com Lipedema tem distúrbio alimentar e o bullying alimentar é muito comum. Esse comportamento crítico é gerado e moldado pelas tendências da época. Atualmente, parece que muitas dessas atitudes são influenciadas pelas redes sociais. Mas, a história da família, sua relação com os alimentos ou mesmo os padrões alimentares da infância podem desempenhar um papel importante nessa forma de bullying. Identificar e falar sobre o assunto é fundamental, tanto para quem faz, quanto para quem recebe”, alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema, que atende em São Paulo, Campinas e a distância.

As pessoas precisam entender que alguns alimentos são “saudáveis”, enquanto outros são “não saudáveis”. Cada um tem o direito de escolha.

Precisamos de alimentos para abastecer os nossos corpos, mas criamos todas essas regras alimentares para nós mesmos, especialmente durante a infância. Eles determinaram quando podemos comer, por que devemos comer e quanto podemos comer. É uma luta desfazer esses padrões estabelecidos e, quando não observamos ‘nossas regras’, podemos experimentar sentimentos de culpa. 

Devemos nos alimentar de forma consciente, mas todos têm o direito de fazer as suas escolhas. Uma crítica ou um conjunto de críticas podem gerar distúrbios alimentares e fazer da vida da pessoa um inferno.

O equilíbrio é sempre importante para tudo na vida. Na alimentação não é diferente!

Uma boa opção é considerar os alimentos como “nutritivos” ou “satisfatórios”. Fazer isso cria espaço para algumas sobreposições. Você quer comer coisas que são boas para você (vegetais) e desfrutar de coisas satisfatórias (sobremesa). Se você está comendo apenas coisas que são boas para você, sua qualidade de vida pode ser prejudicada. O mesmo pode ser dito se você estiver comendo apenas alimentos satisfatórios. É bom comer alimentos que se enquadram em ambas as categorias razoavelmente. Lembre-se da dieta do mediterrâneo.

Pratique a alimentação consciente. Em vez de comer apressadamente uma refeição ou sobremesa, diminua o ritmo e saboreie cada mordida. Pense nos sabores e ingredientes que compõem o que você está comendo e simplesmente aproveite o momento.

Mas, o que dizer para alguém que está fazendo um comentário para a sua comida?

O que você mais gostaria de fazer é não dizer uma palavra e jogar uma cadeira nela. Mas, por favor, não faça isso! Seja direta e calma com a sua resposta. Por exemplo:

• “Eu não gosto quando você comenta o que eu como. Não é útil e não ajuda em nada, somente traz desconforto.”
• “Você sabe que eu gosto de você e eu sei que você está querendo ajudar, mas tente encontrar uma maneira diferente de fazer isso.”

Ocasionalmente, alguém pode dizer algo porque está preocupada. Essa preocupação pode ser confundida com crítica. Precisamos também avaliar se uma situação está saindo do controle, especialmente se uma pessoa está lidando com a alimentação emocional ou abusando do consumo de álcool.

Se os seus hábitos de comer ou beber podem estar afetando relacionamentos, trabalho ou até mesmo a sua conta bancária, o ideal é procurar ajuda especializada.

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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

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