Todos nós estamos passando muito tempo na frente de uma tela nos dias de hoje, incluindo, infelizmente, os nossos filhos. Quando a pandemia começou, há um ano, não tínhamos como saber que ela duraria tanto. Todo mundo acreditou que a quarentena resolveria o problema. De 40 virou 60, 90 e um ano. De repente, a escola fechou, tornou-se remota, e a creche acabou. Muitos pais começaram a trabalhar remotamente e os que permaneceram no local de trabalho tiveram menos supervisão em casa. Ao mesmo tempo, esportes, jogos e outras atividades ao ar livre desapareceram literalmente. Nós naturalmente entramos no modo de sobrevivência e ligamos as telas. Deixamos os nossos filhos gastarem mais horas do que costumavam na mídia de entretenimento, imaginando que não seria por muito tempo. Fizemos vista grossa para os jogos online, imaginando que pelo menos nossos filhos estavam interagindo com os amigos. Mas, um ano depois, ainda estamos presos em nossas casas – e nossos filhos estão cada vez mais presos às telas.
“Além do simples fato de que o tempo na tela é sedentário, muito tempo na frente da tela tem efeitos no comportamento e no aprendizado que podem mudar os nossos filhos. O estímulo rápido de muito do que as crianças se envolvem na mídia de entretenimento torna atividades mais lentas como brincar com brinquedos, pintar um quadro ou olhar um livro menos atraentes. Não apenas isso, mas pode interferir na forma como as crianças aprendem e praticam as habilidades das funções executivas, como gratificação atrasada, solução de problemas, colaboração e outros desafios da vida. Também lhes dá menos chances de usar a imaginação e serem criativos, além disso, pode afetar o humor, tornando-os ansiosos ou deprimidos”, alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo, Campinas e a distância.
Existe ainda o problema adicional de que é difícil saber o que as crianças estão fazendo e vendo nas telas; muitas estão explorando jogos violentos ou plataformas de mídia social destinadas a adultos, e os pais nem mesmo percebem e/ou não conseguem monitorar.
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O que podemos fazer?
Este ano ainda será de pandemia e provavelmente teremos um novo fechamento das atividades, inclusive as escolas, então, é hora de fazer algumas mudanças e construir novos hábitos. Para isso, faça um balanço do problema: dê uma olhada honesta no que os seus filhos e você estão fazendo. Na verdade, conte as horas e faça algumas pesquisas sobre o que exatamente os seus filhos estão fazendo online (peça que mostrem a você). O que você descobrir pode surpreendê-la; todos nós gostamos de pensar que as coisas são melhores do que são, afinal somos humanos, mas você não pode fazer alterações até saber com o que está lidando. Por isso, monitore o que você está fazendo também. Não é aceitável alguém ficar 4 horas por dia na frente de uma tela, independente de ser celular ou tv.
As telas nem sempre precisam estar ligadas. Crie regras, como, por exemplo:
- As crianças não devem participar de atividades ou jogos online inadequados para a idade (isso pode incluir videogames violentos).
- O tempo de tela não deve atrapalhar o sono. Para isso, os dispositivos devem ser carregados em algum lugar fora do quarto ou longe da cama, isso inclui o celular.
- O tempo de tela não deve atrapalhar a interação social. Tenha zonas livres de tela, como refeições ou outros momentos em família (sim, isso também significa você!).
- O tempo de tela não deve atrapalhar o dever de casa, o que é complicado tendo dever de casa envolvendo telas, mas muitas crianças estão se distraindo com as mídias sociais e jogos online.
Pense em família sobre alternativas às telas. No início da pandemia, quando pensávamos que seria rápido, todos evitamos atalhos e éramos um pouco preguiçosos em encontrar alternativas, mas, agora que sabemos que não é rápido, precisamos reavaliar.
Fale sobre o assunto em família e deixe claro que o tempo de tela tem que ser cortado. Para isso, confira algumas simples dicas a seguir:
- Jogos de tabuleiro e brinquedos: tire-os para fora e crie espaço para brincar. Vocês vão lembrar como isso é divertido.
- Faça coisas! Construa com blocos e monte uma cidade de caixas. As caixas com garrafas de qualquer coisa podem ser ótimos prédios de apartamentos se colocadas de lado – você pode cortar portas e janelas e decorar cada compartimento. Além disso, desenhe, pinte ou construa com argila.
- Tricotar e fazer crochê podem ser divertidos e fáceis de aprender com tutoriais online.
- Leia livros com páginas reais (pode ser história escrita ou em quadrinhos), que com certeza os seus filhos vão adorar.
- Tocar instrumentos: aulas virtuais e tutoriais online gratuitos estão disponíveis.
- Cozinhe e leve ao forno: experimente novas receitas, faça qualquer coisa, pois as crianças adoram ajudar. E, lembre-se, não precisa ser sofisticado.
“Parte disso envolve o tempo do adulto, o que nem sempre é fácil nos dias de hoje. Por isso, tente criar algumas atividades que não exijam que um adulto esteja ativamente envolvido. Quanto às atividades que precisam de adultos, veja como um investimento no bem-estar do seu filho e uma chance para você se desconectar e relaxar também”, indica o Dr. Daniel Benitti.
O importante é começar e adotar hábitos saudáveis que servirão bem a seus filhos pelo resto de suas vidas.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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