Um estudo observacional da Cleveland Clinic de 1986 mostrou que a revascularização do miocárdio com a artéria torácica interna esquerda anastomosada à artéria descendente anterior esquerda proporcionou melhor sobrevida em 10 anos e perviedade do enxerto maior quando comparados com as famosas pontes de safena.
Posteriormente, foi demonstrado que o uso das artérias torácicas internas esquerda e direita melhorou ainda mais a sobrevida.
No entanto, fizeram um estudo randomizado de fase III com 28 locais diferentes comparando o uso de um único enxerto de artéria torácica interna versus ambas as artérias torácicas internas e nenhuma diferença de sobrevida foi evidente mesmo após 10 anos!
Os pesquisadores, surpresos, procuraram e encontraram um subconjunto de pacientes que pareciam se beneficiar de uma cirurgia maior (com 2 ou mais enxertos arteriais).
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Sempre que pensamos em um tratamento devemos analisar:
- Quem se beneficia?
- Quem não?
- Quem é prejudicado?
- Qual será o resultado?
“Devemos sempre pensar no tratamento certo para a pessoa certa, na hora certa. Isso envolve descobrir um efeito individual do tratamento do paciente, a essência da medicina de precisão, e não um efeito esperado de um estudo, por melhor que ele seja. Isso é muito evidente nas pacientes com Lipedema. Elas representam um grupo de 11% das mulheres. O que funciona para elas não funciona para as outras. O tratamento médico deve ser sempre que possível, individualizado. Isso é uma tendência sem volta e apenas pode ser feito através de um médico experiente e que faça uma consulta médica adequada”, alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo e em Campinas.
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Os consensos médicos são baseados no mais alto nível em estudos randomizados. Mas, eles podem ser falhos e mudar com o passar do tempo. A medicina é uma ciência das verdades transitórias.
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Quando um consenso é escrito, acredita-se que isso será útil para fazer recomendações terapêuticas e para decisões informadas aos pacientes. No entanto, poucas pessoas criticam ou examinam com detalhes os dados para poder individualizar o tratamento.
Em um mundo de big data, as ferramentas individuais de decisão do paciente estão ganhando uma força considerável em detrimento das condutas baseadas em evidências coletivas.
Os resultados de estudos randomizados representam o exemplo clássico de efeito médio do tratamento. O valor de tais ensaios e sua centralidade na medicina baseada em evidências é inatacável. Contudo, das muitas decisões explícitas ou implícitas tomadas na prática cotidiana da medicina, poucas são baseadas em evidências de ensaios clínicos randomizados. Isso inclui não apenas o que parecem pequenas decisões terapêuticas, mas também modelos nacionais de prestação e financiamento de serviços de saúde.
De fato, a relutância dos conselhos institucionais em elevar os requisitos de consentimento informado e permitir o exame aleatório de medicamentos, dispositivos e procedimentos comumente usados na prática é um grande impedimento para identificar práticas médicas eficazes e seguras.
“Tenho estas dificuldades para fazer uma publicação científica referente ao tratamento clínico para as pacientes com Lipedema. Após 6 anos tratando e 2 anos coletando dados positivos e enfrentando burocracias, conseguimos fazer a primeira publicação científica que será publicada em breve. Se o tratamento destas pacientes não tivesse sido individualizado para um subgrupo de mulheres, estes resultados nunca seriam alcançados em uma população feminina. Ou seja, identificar as pacientes que se beneficiam do tratamento é fundamental para ter um resultado positivo. Isso somente é possível fazer com a experiência e acúmulo de conhecimento”, explica o Dr. Daniel Benitti.
A medicina de precisão prioriza explicitamente a individualização do atendimento e concentra a atenção nas características únicas de um paciente em particular. Dessa maneira, difere muito da medicina baseada em evidências, que busca determinar o melhor curso de ação para um paciente, apelando ao conhecimento generalizável obtido em estudos de base populacional. Para alcançar os objetivos da medicina de precisão, a pirâmide da hierarquia de evidências deve render uma concepção mais horizontal do conhecimento médico.
Para ter um atendimento médico individualizado é necessário procurar um médico experiente, atualizado e com vasto conhecimento.
Hoje, existem muitos médicos nas mídias sociais com formação ineficiente e com “pós-graduações” de final de semana que dizem individualizar o tratamento. Estes prescrevem tratamentos caros, normalmente com hormônios (modulação hormonal) que estão causando muitas complicações, como trombose e câncer.
Procure sempre um médico que te trate de forma individualizada e busque saber sobre a formação dele. Cuide da sua saúde como seu bem mais precioso.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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