O lipedema foi descrito pela primeira vez em 1940 e consiste em uma doença do tecido adiposo, na qual as células crescem de maneira anormal. Elas se concentram no quadril, pernas e, em algumas pessoas, nos braços. Essas células inflamam, causando dor, hematomas, inchaço, celulite e câimbras. Apesar de 11% das mulheres apresentarem lipedema, a maioria está sem o diagnóstico e são tratadas de forma incorreta.
“Infelizmente a maioria dos médicos desconhece o lipedema e não faz o diagnóstico da paciente. Eles orientam atividade física, exercícios e dieta, que não irão ter efeito, aumentando ainda mais a angústia das mulheres”, explica o Dr. Daniel Benitti, especialista em lipedema e eleito personalidade do ano na área da saúde em Cambridge Inglaterra, pelos avanços no tratamento do lipedema em 2017.
“Apesar disso, tivemos um grande ganho, pois a OMS (Organização Mundial de Saúde) já reconhece o lipedema como doença e está no CID-11 que entrará em vigor em 2022. Essa com certeza é uma grande vitória para todas as pacientes e profissionais de saúde que tratam o lipedema”, complementa.
As mulheres com lipedema frequentemente sentem que têm dois corpos: a parte superior normal e a metade inferior desproporcional. Por esse motivo, elas costumam ter dificuldades para encontrar roupas que se encaixam, pois são duas pessoas diferentes.
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Como normalmente são mulheres bonitas de rosto, elas sentem-se muito frustradas com o corpo, atrapalhando muito a auto imagem.
Sintomas
As mulheres com lipedema tem queixa de:
- Pernas gordas;
- Muita celulite;
- Hematomas com facilidade;
- Sensibilidade ao toque;
- Inchaço;
- Câimbras;
- Pés frios;
- Vasinhos ou varizes, especialmente ao redor dos tornozelos.
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Lipedema não é obesidade
“A gordura do lipedema é muito diferente da gordura normal. No exame histopatológico há um infiltrado inflamatório grande que causa dor e aumento da permeabilidade das veias, com inchaço e hematomas. Macroscopicamente, a gordura do lipedema apresenta muitas traves, o que causa celulites profundas e dificulta a aspiração sem causar lesão do tecido vascular e linfático. Por isso, o tratamento cirúrgico do lipedema deve somente ser feito por pessoas especializadas”, enfatiza o Dr. Daniel Benitti.
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O lipedema tem tratamento!
Os tratamentos para linfedema não ajudarão alguém com lipedema, portanto, um diagnóstico correto é crucial. Algumas pacientes com lipedema desenvolvem linfedema secundário (conhecido como lipo-linfedema), onde o crescimento de gordura interfere no sistema linfático. Os tratamentos para linfedema podem ajudar alguns dos sintomas, mas ainda não irão resolver o lipedema.
Hoje existem medicações e cremes que auxiliam na melhora dos sintomas e remodelamento das pernas. Plataformas vibratórias também auxiliam na melhora da dor e diminuição da fibrose.
Para casos mais avançados, pode ser realizada a lipossucção tumescente com microcânula vibratória. Este procedimento deve ser feito por um cirurgião habilitado, para não haver riscos de lesão no sistema vascular e linfático.
“A lipo a laser, recomendada por alguns médicos para melhorar a flacidez, não deve ser feita nas pacientes com lipedema. O laser tem causado lesão do sistema linfático e aumentado a fibrose no seguimento a longo prazo”, alerta o Dr. Daniel Benitti.
Quando tratadas, as mulheres com lipedema melhoram e ficam muito satisfeitas consigo mesmas. O tratamento para elas é fundamental, pois 87% das pacientes com a doença afirmam que o lipedema afeta negativamente a qualidade de vida e 90% relatam dor diária. Contudo, apenas 9% delas têm o diagnóstico feito pelos médicos.
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Encontrar apoio emocional também pode ajudar bastante, especialmente de outras mulheres que vivem com lipedema.
Com isso, a única maneira de mudar a vida de alguém com a doença é com a divulgação da informação. Ajude-nos a propagar essa matéria!
Por fim, tente não se deixar intimidar por um médico desdenhoso. É capaz que ele simplesmente não saiba o que é lipedema.
Existem médicos que se importam com você e valorizam a sua queixa. Procure quem entende e se especializou neste assunto. E lembre-se que se você não tem lipedema, você conhece alguém que tem. Passe essa informação, pois certamente você causará um impacto enorme na qualidade de vida dela.
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