A prevalência da obesidade não para de aumentar. Diante desse cenário, as pessoas com índice de massa corpórea (IMC) maior que 40 kg / m2 têm indicação para passar por um procedimento bariátrico. No mundo, são realizadas mais de 400 mil cirurgias de obesidade a cada ano!
A cirurgia bariátrica pode alterar a absorção, distribuição, o metabolismo ou a eliminação de medicações através de alterações na anatomia do trato gastrointestinal, peso corporal e composição do tecido adiposo.
Como alguns pacientes submetidos a esse procedimento necessitarão de anticoagulação terapêutica para várias indicações, é necessário um conhecimento adequado sobre a disposição dos fármacos anticoagulantes e eficácia e segurança resultantes nesta população.
“As pessoas que são submetidas a cirurgias bariátricas apresentam um risco elevado de ter trombose. Quando isso ocorre, é muito importante saber escolher a melhor medicação para cada pessoa, pois a opção incorreta do anticoagulante pode ter sérias consequências, como progressão da trombose e embolia pulmonar, se os níveis estiverem muito baixos ou sangramento, se os níveis estiverem muito altos”, explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo e em Campinas.
Cirurgia Bariátrica
O termo “cirurgia bariátrica” compreende múltiplos procedimentos, incluindo banda gástrica ajustável, gastrectomia vertical, bypass gástrico em Y-de-Roux e desvio biliopancreático com troca duodenal. O resultado da perda de peso acontece através de:
- Restrição da ingestão calórica, diminuindo o volume do estômago;
- Má absorção, pela redução da área de superfície intestinal efetiva;
- Combinação de restrição e má absorção.
A mudança na superfície de absorção pode alterar a captação de drogas também. O volume reduzido de secreção de ácido gástrico leva a um pH mais alcalino na bolsa gástrica, o que poderia afetar a dissolução do fármaco dependente do pH e absorção resultante, particularmente de drogas que são revestidas ou em formulação de liberação controlada.
Além das alterações decorrentes das modificações anatômicas da cirurgia bariátrica, também podem ocorrer modificações na farmacocinética da droga, tanto pelo excesso, quanto pela perda de peso. O volume de distribuição, a extensão em que uma droga se ramifica pelos tecidos, depende em grande parte da solubilidade lipídica e de outras propriedades físico-químicas da droga.
Trombose
“Existem alguns estudos, embora pequenos e com fraca evidência, que justificam o uso de alguns anticoagulantes orais no tratamento de trombose nas pessoas submetidas a cirurgia de obesidade. Mas, hoje, a medicação mais segura neste grupo de pacientes são os antagonistas da vitamina K devido a facilidade de monitorar e ajustar a dose”, alerta o Dr. Daniel Benitti.
As pessoas com trombose também podem utilizar medicação injetável, porém ninguém faz essa opção pelo tempo de uso, quando há outra possibilidade de tratamento.
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Importante
Se você está com trombose, procure um profissional com conhecimento e que se mantenha sempre atualizado para realizar o tratamento. Infelizmente, hoje, a trombose é a principal causa de morte dentro de hospitais, matando mais que o câncer de mama, próstata, pulmão e atropelamento juntos!
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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