Muito se fala sobre o ômega-3. Contudo, algumas pessoas tomam sem saber os reais benefícios desse nutriente. Dois grandes estudos recentemente publicados sugerem quem terá benefício do uso de ômega-3 e quem não terá.
Estudos
O estudo Vital, atualizado recentemente, foi feito com Vitamina D e Ômega-3 e realizado com mais de 25 mil adultos saudáveis, sem histórico de doença cardiovascular (relacionada ao coração ou a vasos sanguíneos) e com “risco usual”. Além disso, o grupo era racialmente diverso e escolhido para ser representativo da população em geral.
Os pesquisadores testaram, entre outras coisas, se uma dosagem moderada (1 grama por dia) de um suplemento de ômega-3 poderia ajudar a prevenir grandes eventos cardiovasculares, em comparação com um placebo. Esses eventos incluíam não apenas infarto, mas também acidente vascular cerebral e necessidade de angioplastia para limpar as artérias obstruídas. Como resultado, houve uma redução de 28% nos ataques cardíacos e outros parâmetros relacionados ao coração.
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Embora o suplemento não pareça proteger a maioria das pessoas saudáveis contra futuros problemas cardíacos, certos grupos parecem se beneficiar, principalmente as pessoas que comem menos de 1,5 porções de peixe por semana ou que não consomem este tipo de alimento. Para elas, houve uma redução de 40% nos ataques cardíacos. Já os negros, tiveram uma redução de 77% no risco de apresentar um ataque cardíaco (infarto).
“Este estudo ainda não terminou. Eles ainda estão verificando a relação do ômega-3 com depressão, demência (resultado promissor), doenças autoimunes, inflamações crônicas e diabetes. Já vemos na prática clínica uma relação muito positiva do ômega-3 para melhorar o Lipedema, que é uma inflamação crônica. Estudos em crianças estão mostrando uma melhora da asma com suplementação. Muita informação com embasamento ainda está por vir e precisamos ficar atentos para não cair em fake news”, informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo, em Campinas e a distância (no momento).
Outro grande estudo, chamado Redução de Eventos Cardiovasculares, com o Estudo de Intervenção EPA (REDUCE-IT), incluiu mais de 8 mil adultos de meia-idade e mais velhos que apresentavam níveis elevados de triglicerídeos e que já haviam experimentado um evento cardiovascular ou outros fatores de risco significativos para um.
O objetivo era descobrir se um medicamento com ômega-3 prescrito em altas doses (4 gramas por dia) poderia proteger os participantes contra futuros eventos cardiovasculares, em comparação com um placebo. Como resultado, houve uma redução substancial de 25% no risco de morrer de doença cardíaca ou sofrer um evento cardiovascular entre as pessoas que tomaram a medicação, em comparação com aquelas que teve o placebo.
Este estudo acabou de ter uma nova atualização com manutenção dos resultados positivos.
“Altas doses de suplementos de ômega-3 não são apropriadas para todos, pois apresentam riscos, como sangramento e fibrilação atrial. Os benefícios do ômega-3 em altas doses usado no estudo parecem compensar os riscos para pessoas com altos níveis de triglicerídeos e uma história ou alto risco de doenças cardiovasculares”, explica o Dr. Daniel Benitti.
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Escolhendo o suplemento certo
Uma dose de 1 grama, a menos que seu médico recomende mais.
Uma combinação de ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA). Cada um desses ácidos graxos oferece diferentes benefícios à saúde.
Procure o selo que comprove que não tem chumbo no produto.
Colocando os resultados na prática
Se você é saudável e tem risco baixo ou médio de sofrer uma doença cardíaca, é provável que não precise de um suplemento de ômega-3, desde que coma peixe com frequência. Você deve comer pelo menos duas porções por semana de peixe gordo, como salmão, atum ou arenque.
Obter os ácidos graxos ômega-3 dos alimentos é sempre preferível a um suplemento. Não apenas você obtém os ácidos graxos ômega-3 marinhos dos peixes, mas também potencialmente substitui os alimentos menos saudáveis em sua dieta, como carne vermelha, alimentos processados ou grãos refinados. É uma boa mudança de estilo de vida a ser feita!
No entanto, se você não pode comer peixe ou não gosta, um suplemento de ômega-3 é algo a considerar.
Os suplementos à base de algas são uma opção se você é vegetariana ou alérgica a peixes. Os negros também podem considerar um suplemento devido aos benefícios exclusivos revelados no estudo Vital.
Para esses dois grupos, um suplemento diário de 1 grama pode fornecer um bom equilíbrio entre segurança e eficácia.
“Independentemente de você optar por um suplemento de ômega-3, você deve sempre se esforçar para manter uma dieta e estilo de vida saudáveis. Nenhum suplemento alimentar é um substituto. Já sabemos disso e acho que este é um ponto importante a ser reforçado. As práticas de estilo de vida saudável, incluindo atividade física regular, alimentação balanceada e não fumar, reduzirão o risco de doença cardiovascular em quase 80%, e essa é realmente a principal recomendação para a saúde do coração”, alerta o Dr. Daniel Benitti.
Se você tem um nível elevado de triglicerídeos e uma história de doença cardiovascular ou possui fatores de risco importantes, pode ser aconselhável um medicamento com ômega-3 em altas doses. Isso é recomendado, mesmo se você já estiver tomando um medicamento com estatina. O medicamento ômega-3 não substitui a estatina.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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