Estudos recentes avaliaram a relação entre comportamento sedentário e sintomas depressivos em adolescentes e a relação de benzodiazepínicos ou de hipnóticos com aumento do risco de demência e perda de memória.
Estes assuntos são pertinentes no momento, pois as pessoas não estão tendo convívio social, não estão realizando atividade física e houve um aumento de vendas de medicações tarja preta para dormir superior a 30% desde o início da pandemia.
Isso pode impactar negativamente o futuro de muitas pessoas e, por isso, precisamos conversar sobre estes assuntos.
“A falta de atividade física, convívio social e aumento do uso de medicações para dormir podem causar malefícios em um futuro próximo para muitas pessoas. Entender a relação de causa e efeito ajuda a tratar possíveis complicações futuras e alertar a população para este momento de fragilidade coletiva”, alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo e em Campinas.
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Estudo
Um recente estudo relacionou o uso de benzodiazepínicos (BZDs) ou z-hipnóticos com aumento do risco de desenvolver demência e perda da memória.
O estudo foi feito com mais de 260 mil pessoas com 65 anos ou mais que receberam BZDs orais ou z-hipnóticos recentemente prescritos entre 2003 e 2012.
Os hipnóticos-Z são não-benzodiazepínicos com efeitos clínicos semelhantes. Eles incluem zaleplon, zolpidem e zopiclone.
Em comparação com os não usuários, os idosos que usaram BZDs ou z-hipnóticos por mais de 28 dias durante cada trimestre do ano apresentaram maior risco de demência e perda de memória durante o período de acompanhamento. O risco foi ainda mais acentuado em pacientes que tomaram os dois tipos de medicamentos ao mesmo tempo.
Paradoxalmente, os BZDs de ação curta foram associados a um maior risco de demência do que os BZDs de ação longa. As pessoas que usaram uma combinação de BZDs de ação curta e prolongada, bem como um z-hipnótico, tiveram quase cinco vezes mais chances de apresentar demência do que as pessoas que não usaram nenhum dos medicamentos.
Uma limitação do estudo, observaram os autores, foi que o conjunto de dados não incluiu alguns fatores relacionados ao declínio cognitivo, como educação, tabagismo, consumo de álcool, histórico familiar, lipoproteína A e função cognitiva basal.
Outro recente estudo evidenciou que jovens que permanecem fisicamente ativos durante a adolescência diminuem o risco de sintomas depressivos aos 18 anos.
O estudo mostrou que a atividade física total diminuiu à medida que os adolescentes cresceram, impulsionada por um declínio da atividade física leve e um aumento no comportamento sedentário.
Os escores de depressão aos 18 anos foram 8% a 11% mais baixos a cada 60 minutos adicionais diários de atividade leve aos 12, 14 e 16 anos de idade. Os escores de depressão foram 8% a 11% mais altos para cada hora adicional de comportamento sedentário por dia.
“Estamos tendo um aumento progressivo e importante de depressão em adultos jovens nos últimos 10 anos. A atividade física é um fator facilmente modificável na vida da pessoa. Por isso, devemos incentivar mais essa prática, pois o impacto na saúde física e mental é enorme”, aconselha o Dr. Daniel Benitti.
As atividades leves podem incluir ficar em pé durante algumas aulas, ter que percorrer distâncias entre as aulas ou participar de hobbies, como tocar um instrumento musical ou pintar, escreveram os autores.
Eles observaram que uma variedade de mecanismos psicossociais e biológicos poderia explicar por que a atividade física pode influenciar a depressão. Eles incluem estimular a neuroplasticidade nas regiões do cérebro conectadas à depressão, reduzir a inflamação ou promover a autoestima.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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