Confira abaixo a continuação do nosso último post!
Trombose da veia hepática
A trombose das veias hepáticas (síndrome de Budd-Chiari) pode resultar em morbidade significativa, incluindo insuficiência hepática aguda, encefalopatia, ascite e hipertensão portal. Uma minoria de casos, aproximadamente 20%, é assintomática no momento da detecção. O diagnóstico de Budd-Chiari deve ser suspeitado em qualquer paciente com ascite e evidência de congestão hepática aguda.
Tratamento
A anticoagulação deve ser iniciada imediatamente em pacientes com a síndrome de Budd-Chiari, pois melhora os desfechos clínicos da doença, que são insuficiência hepática progressiva e morte.
Não existem dados de ensaios clínicos randomizados para guiar o manejo, mas uma abordagem crescente é defendida para pacientes com níveis progressivos de insuficiência hepática que incluem a trombólise, angioplastia / colocação de stent, colocação de anastomose portossistêmica intra-hepática transjugular (TIPS), shunt cirúrgico ou, por último, transplante de fígado.
LEIA TAMBÉM: Trombose é a principal causa de morte dentro dos hospitais
LEIA TAMBÉM: Você tem algum familiar com trombose? Saiba que algumas causas da doença são hereditárias
LEIA TAMBÉM: Entenda os abalos psicológicos causados pela trombose
LEIA TAMBÉM: Vai viajar de avião nas férias? Saiba quais cuidados tomar para não ter trombose
Trombose da veia porta
A trombose da veia porta é a forma mais comum de trombose venosa esplâncnica.
A trombose parcial ou oclusiva da veia porta muitas vezes é clinicamente silenciosa, mas pode estar associada a sintomas significativos, incluindo início ou agravamento da hipertensão portal, sangramento gastrointestinal agudo, descompensação de cirrose previamente estável ou isquemia intestinal.
A cirrose é o fator de risco mais importante para esta trombose. A incidência correlaciona-se com o grau de comprometimento hepático e ocorre em frequências diferentes com base na etiologia da cirrose.
Outros fatores são malignidade hepatobiliar primária, malignidade secundária, infecciosa ou processos abdominais inflamatórios e doenças mieloproliferativas.
A trombose da veia porta idiopática precede, frequentemente, o diagnóstico de malignidade gastrointestinal ou hematológica.
Tratamento
Os consensos atuais recomendam início precoce da anticoagulação, pois está associada a taxas mais altas de recanalização.
Foram relatadas taxas de recanalização de até 90% em não-cirróticos recebendo anticoagulação, juntamente a uma redução nos eventos trombóticos recorrentes e baixas taxas de sangramento.
Pacientes com trombose pós-cirúrgica ou outra trombose provocada devem ser tratados por 3 meses, enquanto a idiopática ou aqueles associados à trombofilia grave requerem perene.
Trombose da veia esplênica
A trombose da veia esplênica é frequentemente secundária a distúrbios pancreáticos, incluindo câncer de pâncreas, pseudocistos, abscesso pancreático e, principalmente, pancreatite aguda e crônica.
Geralmente causa hipertensão portal esquerda, pois o sistema de pressão venosa gera varizes nas veias gástricas curta e gastroepiplóicas esquerda, aumentando o risco de sangramento gastrointestinal.
Tratamento
O tratamento deve ser feito com anticoagulação, especialmente quando há trombose aguda no contexto de cirurgia ou pancreatite – 3 meses podem ser suficientes. A esplenectomia deve ser reservada para pacientes refratários com episódios hemorrágicos incontroláveis, sendo a esplenectomia laparoscópica a via de escolha.
Trombose da veia mesentérica
Aproximadamente 5% dos casos de isquemia intestinal são causados por trombose venosa.
A veia mesentérica superior é a mais acometida, levando a uma drenagem deficiente do intestino delgado distal, provocando edema na parede intestinal e infarto hemorrágico subseqüente.
Os fatores de risco associados são processo local, incluindo pancreatite, doença inflamatória intestinal ou cirurgia recente, malignidade, hipertensão portal, insuficiência cardíaca grave ou obesidade mórbida, e trombose extra mesentérica.
Tratamento
A anticoagulação deve ser iniciada imediatamente. Para casos mais graves, fluidos IV, repouso intestinal, descompressão, suporte nutricional e monitoramento cuidadoso devem ser realizados. Intervenções cirúrgicas podem ser necessárias em pacientes com complicações de isquemia mesentérica, que podem incluir trombólise dirigida por cateter e laparotomia com ressecção intestinal.
Trombose da veia renal
A trombose da veia renal pode ser assintomática, mas também pode apresentar sintomas agudos, incluindo dor nos flancos, hematúria, náuseas, vômitos, anorexia, febre e disfunção renal aguda.
As causas mais comuns são malignidade e síndrome nefrótica.
Tratamento
A anticoagulação deve ser iniciada se não existir alguma contra-indicação. Nos pacientes com síndrome nefrótica o tratamento deve ser mantido enquanto existir proteinúria.
A terapia trombolítica local, com ou sem trombectomia por cateter de extração, tem resultados aceitáveis. A trombectomia cirúrgica deve ser reservada apenas como último recurso para pacientes com trombose venosa bilateral aguda e insuficiência renal.
Importante
O conhecimento técnico neste assunto é fundamental para a escolha do melhor tratamento e seguimento dos pacientes com tromboses menos frequentes. Afinal, cada trombose tem a sua particularidade.
Escolha bem o profissional que irá realizar o seu tratamento e seguimento. Certamente terá muitos benefícios e sua saúde agradece!
LEIA TAMBÉM: Por que ter um médico de confiança?
LEIA TAMBÉM: A importância do check-up vascular
LEIA TAMBÉM: O que o angiologista e cirurgião vascular trata?
[ms_icon icon=”fa-envelope-o” size=”14″ color=”#fdd200″ icon_box=”no” class=”” id=””]
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
[ms_icon icon=”fa-phone” size=”14″ color=”#fdd200″ icon_box=”no” class=”” id=””]
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
[caldera_form id=”CF56d18683ddabc”]