O óleo de coco desenvolveu uma sequência de cultos e marketing nos últimos anos, com os proponentes divulgando benefícios que variam da redução de gordura corporal à prevenção de doenças cardíacas. Infelizmente para os devotos, as evidências para apoiar essas afirmações são fracas e bastante escassas. Porém, existem muitas pesquisas que sugerem que outros óleos à base de plantas têm vantagens sobre seus derivados de origem animal, principalmente quando se trata de saúde do coração. Então, qual é o melhor? Azeite ou óleo de coco?
Azeite
O azeite é a base da dieta mediterrânea e os seus benefícios divulgados começaram com base nos estudos das populações na região mediterrânea. Mas, será que o azeite faz bem para todo mundo?
Um recente estudo publicado no Journal of American College of Cardiology observou adultos nos Estados Unidos e descobriu que a substituição de margarina, manteiga ou maionese por azeite estava associada a um risco reduzido de doença cardiovascular. Isso é particularmente notável, porque os americanos tendem a consumir muito pouco azeite. No EUA a média de consumo é inferior a uma colher de sopa de azeite por dia, enquanto a ingestão diária em estudos que examinam as populações do Mediterrâneo tem sido em média três colheres de sopa.
LEIA TAMBÉM: 7 receitas para você aproveitar a dieta do mediterrâneo
Depois de levar em consideração fatores demográficos e de estilo de vida, aqueles que consumiram mais de meia colher de sopa por dia tiveram um risco reduzido de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação com aqueles que usavam azeite com pouca frequência (menos de uma vez por mês).
O consumo de mais azeite também foi associado a uma menor probabilidade de morte por doença cardiovascular. Mesmo pequenos aumentos no consumo de azeite, como substituir aproximadamente uma colher de chá de margarina ou manteiga por dia por uma quantidade semelhante de azeite, tiveram vantagens. O azeite também foi correlacionado com a redução de compostos inflamatórios que podem contribuir para a progressão das doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas.
As azeitonas contêm produtos químicos vegetais chamados polifenóis que podem ajudar a reduzir a inflamação. Pensa-se que o uso de azeite virgem, extraído por meios mecânicos e não químicos, ofereça níveis mais altos de compostos protetores de plantas do que o azeite refinado. O azeite extra-virgem é um produto recomendado do processamento mecânico.
“Esses polifenóis também têm benefícios para outras áreas do corpo. As mulheres com Lipedema e que seguem a dieta do mediterrâneo têm melhora da dor e inflamação. Além disso, estudos recentes mostram diminuição do risco de doenças degenerativas, como o Alzheimer. Um estudo publicado semana passada evidenciou que todas as pessoas se beneficiam do consumo de azeite!”, explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular especialista em Lipedema, que atende em São Paulo, Campinas e a distância (no momento).
LEIA TAMBÉM: Lipedema: se você não tem, conhece alguém que tem!
Óleo de coco
O óleo de coco contém ácidos graxos de cadeia média. Os benefícios seriam devido à maneira única como essas gorduras são digeridas. Teoricamente, elas oferecem vantagens relacionadas à perda de peso e colesterol, embora essas afirmações permaneçam controversas. No entanto, acredita-se que o ácido láurico, a gordura primária encontrada no óleo de coco, se comporte de maneira diferente de outras gorduras de cadeia média, e pode não funcionar como prometido.
Em um estudo recentemente publicado na revista Circulation, o óleo de coco não mostrou benefícios relacionados à circunferência da cintura ou gordura corporal em comparação com outras gorduras vegetais. De fato, o óleo de coco aumentou o colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL), o tipo associado a um risco aumentado de doença cardíaca.
“O coco tem sido uma gordura importante em uma variedade de dietas tradicionais na Ásia e é promovido para proporcionar benefícios à saúde nessas comunidades, incluindo menos complicações cardíacas e mortes prematuras. No entanto, essas dietas geralmente apresentam produtos de coco minimamente processados, como polpa de coco, que também são mais ricos em nutrientes, como fibras. Os hábitos de vida nessas comunidades asiáticas também incluem comer mais frutas, vegetais e peixes do que em muitas dietas ocidentais”, ressalta o Dr. Daniel Benitti.
Um outro estudo recente analisou o óleo de coco extra-virgem e não mostrou um aumento no colesterol LDL quando comparado ao azeite extra virgem durante um período de quatro semanas. Ambos os óleos tiveram um desempenho melhor que a manteiga.
Infelizmente, ainda não temos estudos suficientes envolvendo óleo de coco extra virgem para apoiar seu uso como gordura primária em nossas dietas.
O mesmo não vale para o azeite. Invista em um bom e saboroso azeite. Considere um fio de azeite em vez de manteiga ou margarina ao cozinhar legumes. E mantenha a gordura de coco para uso ocasional, por exemplo, para melhorar o sabor de um curry de vegetais ou como substituto da manteiga em sobremesas assadas.
LEIA TAMBÉM: 7 alimentos que você deveria comer diariamente
LEIA TAMBÉM: 3 tipos de alimentos que você deve evitar e por quê
LEIA TAMBÉM: Corte o açúcar em 10 dias!
[ms_icon icon=”fa-phone” size=”14″ color=”#fdd200″ icon_box=”no” class=”” id=””]
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
[ms_icon icon=”fa-envelope-o” size=”14″ color=”#fdd200″ icon_box=”no” class=”” id=””]
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
[caldera_form id=”CF56d18683ddabc”]