A pesquisa de anticorpos contra antígenos celulares, tradicionalmente denominada FAN (fator antinúcleo) ou FAN-HEp-2, tem apresentado contínua evolução. Junto a isso, existe a necessidade de os profissionais envolvidos buscarem acurada e constante revisão sobre os paradigmas que norteiam a interpretação dos resultados obtidos.
Os avanços metodológicos ocasionaram expressivo aumento na sensibilidade do teste e, consequente, uma diminuição da especificidade. Isto se verifica pelo crescente número de exames positivos em indivíduos aparentemente hígidos. Este fato tem criado situações desconfortáveis e muitas vezes angustiantes. Por isso, procurar um médico com conhecimento é fundamental para não passar apuros.
A pesquisa do fator antinúcleo (FAN) é elemento indispensável em caso de suspeita clínica de doenças autoimunes: lúpus eritematoso (LE), artrite reumatóide (AR), esclerodermia (ES), dermatomiosite (DM), síndrome de Sjögren (SS), síndrome mista e de sobreposição.
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Um FAN positivo não quer dizer necessariamente a presença de colagenose, podendo significar desde característica familiar, com probabilidade ou não de o portador vir a desenvolver a enfermidade, até a real presença de doença autoimune ou mesmo o prognóstico. É possível, ainda, a ocorrência em parcela da população normal e na presença de algumas doenças crônicas, como cirrose biliar, por exemplo, e em infecções virais agudas. Por isso, se você tem um exame positivo não se desespere e procure um profissional adequado.
Há um aumento de FAN positivo em títulos de diluição que não ultrapassam 1/160, na população sadia e, principalmente, nas pessoas com mais de 60 anos sem nenhum significado patológico, ocorrendo independentemente da raça, em proporções não definidas. Contudo, é mais frequente nas mulheres com idade superior a 14 anos. Pode estar presente também em familiares sadios de portadores de lúpus eritematoso e artrite reumatoide, além de outras colagenoses.
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No lúpus eritematoso o FAN positivo está presente em até 50% das formas cutâneas e em quase 100% dos portadores da doença sistêmica. Porém, em aproximadamente 5% dos pacientes em que se diagnostica doença sistêmica ele pode não ocorrer.
A positividade do FAN nas demais colagenoses é extremamente variável.
- Na artrite reumatoide pode ser positivo em até 50% dos pacientes;
- Na esclerodermia em mais de 80%, nas formas sistêmicas;
- Na dermatomiosite/poliomiosite sua positividade pode chegar de 40 a 80%;
- Na síndrome de Sjögren pode ser positivo em mais de 50% dos pacientes.
Ele também pode ser positivo na doença reumática, na fibromialgia, nas doenças da tireoide, na hepatite autoimune, em portadores de implantes siliconados e, algumas vezes na presença de infecções virais ou bacterianas, quando são transitórios. Além disso, pode associar-se a malignidades, e já foi descrita sua ocorrência na hanseníase virchowiana, havendo relatos esporádicos em doenças crônicas diversas, degenerativas ou não.
O FAN é sem dúvida o mais importante exame para diagnóstico das doenças autoimunes, porém deve estar sempre correlacionado à clínica.
A pesquisa do FAN, assim como sua interpretação, é dinâmica, podendo ter positividade e característica variável ao longo do tempo. Técnicas laboratoriais mais refinadas vêm apurando a pesquisa dessa doença, tornando a interpretação cada vez mais precisa. Dessa forma, um elemento laboratorial é imprescindível como suporte para um melhor diagnóstico clínico das doenças autoimunes.
Lembre-se: procure sempre um profissional com boa formação e que se mantem atualizado para não passar por situações angustiantes.
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Cuide do seu bem mais precioso: a sua saúde!
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