No mês da conscientização mundial da Disautonomia, vamos falar da relação com Covid

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No mês da conscientização mundial da Disautonomia, vamos falar da relação com Covid

Qual a relação entre Disautonomia e covid-19?

 

Qual a relação entre Disautonomia e covid-19?
Hoje temos relatos de que a síndrome da taquicardia postural ortostática (POTS), uma forma de Disautonomia, é uma manifestação de sequelas pós infecção por Covid.

 

A Disautonomia, embora muito prevalente, é uma daquelas doenças que muitas pessoas, incluindo médicos, rejeitam. Inclusive, muitas pessoas com Disautonomia são taxadas como mulheres jovens, loucas e ansiosas. Apesar de a incidência da Disautonomia no mundo ser grande, a maioria não é diagnosticada e, por isso, não recebe tratamento.

“Assim como o Lipedema, a Disautonomia é muito prevalente, mas raramente diagnosticada. Ela também acomete homens e, quando não tratada, causa um impacto muito grande na vida da pessoa. Muitos se sentem rejeitados e menosprezados pelos médicos. As pessoas vão em cardiologistas e neurologistas que não fazem o diagnóstico. Hoje temos relatos de que a síndrome da taquicardia postural ortostática (POTS), uma forma de Disautonomia, é uma manifestação de sequelas pós infecção por Covid, ou o chamado longo COVID”, alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo, Campinas e a distância.

Uma das características do POTS é a intolerância ortostática na ausência de hipotensão ortostática (postural).

O POTS pós-infecção não é exclusivo da Covid. Há relatos após a doença de Lyme e infecções pelo vírus Epstein-Barr, por exemplo. Uma teoria é que alguns dos anticorpos gerados contra o vírus têm reações cruzadas e danificam o sistema nervoso autônomo, que regula a frequência cardíaca e a pressão arterial.

Não se sabe se a Covid tem maior probabilidade de desencadear POTS do que outras infecções ou se o aumento de casos meramente reflete o fato de que mais de 115 milhões de pessoas em todo o mundo foram infectadas com o novo coronavírus.

Por que POTS afeta principalmente mulheres atléticas?

Mulheres fisicamente ativas têm mais Disautonomia.

A condição, que pode ser resultado de desidratação ou repouso prolongado na cama, levando ao descondicionamento, afeta as mulheres de forma desproporcional.

Existe uma teoria sobre por que muitas das mulheres que têm POTS são atletas ou altamente ativas. Elas provavelmente têm uma predisposição subjacente, composta por um volume corporal menor, deixando menos margem para erro. Se elas descondicionarem e perderem 500mL, isso fará uma diferença maior para elas do que para outras pessoas. O mesmo acontece com homens com Disautonomia.

“A maioria das pessoas com Disautonomia é metabolicamente mais hiperadrenérgicas. Inconscientemente, elas percebem que a atividade física realmente ajuda a atenuar/controlar essa produção simpática. Elas se sentem dependentes da atividade física. Mas, a infecção afeta esses processos regulatórios e o descondicionamento perturba ainda mais as coisas”, indica o Dr. Daniel Benitti.

As mulheres também têm mais doenças autoimunes do que os homens. Acredita-se que a força motriz da desregulação do sistema nervoso autônomo seja “imunomediada” e desencadeada pelo vírus.

Exames para diagnóstico POTS

Exame Doopler Transcraniano para diagnóstico de Disautonomia.

POTS é tipicamente diagnosticado com um teste de inclinação (tilt teste) e Doppler transcraniano. 

O Doppler transcraniano ajuda a validar a névoa do cérebro (foggy covid) relatada pelos pacientes, que pode ser descartada como apenas uma desculpa para não querer trabalhar. Se a perfusão do sangue para o cérebro for reduzida em 40% a 50%, como você vai pensar com clareza para trabalhar?

A expansão de volume geral com água salgada, roupas de compressão e um programa de exercícios graduado desempenham um papel importante na reabilitação de todos os pacientes com Disautonomia. Existem também tratamentos medicamentosos que devem ser feitos apenas por médicos com conhecimento no assunto.

Outro problema que os pacientes com POTS experimentam é a incapacidade de se exercitar por causa da intolerância ortostática. O exercício reclinado visa o descondicionamento e pode conter o efeito hiperadrenérgico. Começar gradualmente com a natação ou o uso de uma bicicleta reclinada ou uma máquina de remo pode ajudar bastante.

Além disso, pode-se também utilizar aparelhos portáteis para medir a frequência cardíaca, desde que não se torne uma fonte de ansiedade a ponto de eles estarem verificando-o constantemente.

Vamos ajudar a divulgar a informação!

Se não tratada, a Disautonomia vira um ciclo vicioso. O ciclo começa porque a pessoa passa a ficar mais tempo na cama, evitando atividades que provocam sintomas. À medida que se torna menos ativa, a massa muscular nas pernas é perdida, a capacidade do coração diminui e o volume de sangue circulante é reduzido. Essas mudanças tornam a postura ereta ainda mais desconfortável, fazendo com que ela passe ainda mais tempo na cama.

Com o tempo, algumas pessoas presas neste ciclo podem se tornar deficientes. Eles são incapazes de realizar as tarefas domésticas diárias sem ficarem tontas e exaustas. Inclusive, muitas tiram férias da escola ou do trabalho.

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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

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Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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