Atualmente no mundo, com exceção dos países nórdicos, cerca de 90% das cirurgias de carótida, tanto angioplastia, quanto endarterectomia, são feitas em pacientes assintomáticos. Contudo, um recente estudo sugere que isso deve mudar.
Segundo os dados, esse tratamento deveria ser feito apenas de forma clínica, sem que haja riscos inerentes ao procedimento.
Em concordância com a pesquisa, o cirurgião vascular Dr. Daniel Benitti, que atende em São Paulo e em Campinas, relata: “Há dois anos não faço procedimentos em pacientes com estenose de carótida assintomática. Com base na evolução dos conhecimentos da doença, tenho feito os tratamentos com medicamentos sem complicações. Além disso, solicito um exame doppler transcraniano e opero apenas se apresentar microembolização, ou seja, se houver um risco alto de derrame (AVC)”.
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Apesar de os antigos estudos considerarem que se deve operar todo paciente com estenose de carótida com mais de 70% de obstrução, se for assintomático, e 60%, se for sintomático (ou seja, que já teve um derrame (AVC), acidente isquêmico transitório (AIT) ou embolização no olho (fundo de olho com cristais de colesterol)), hoje os médicos discordam com relação aos pacientes que não apresentam sintomas. Isso se deve ao fato de que antigamente as medicações eram diferentes e as chances de a pessoa apresentar um AVC eram de 2% ao ano, ou seja, um risco maior do que da cirurgia. Além disso, atualmente existem novos remédios e se a pessoa se medicar corretamente, esse risco é de 0,5% ao ano.
“Infelizmente, as pessoas que são submetidas ao procedimento de angioplastia ou endarterectomia de carótida também possuem 0,5% de chance ao ano de ter um AVC. Contudo, os riscos de ter uma complicação durante o procedimento são de 3% na angioplastia e 1,5% na endarterectomia – isso nas mãos de um bom cirurgião vascular”, esclarece o Dr. Daniel Benitti.
Dessa forma, o atual estudo considera que os pacientes assintomáticos não devem ser operados, a não ser que eles tenham alto risco de AVC, como aqueles que apresentam microembolização no exame de doppler transcrâniano.
“Hoje há uma tendência muito grande em identificar os pacientes assintomáticos com alto risco de embolização, cerca de 10 a 15% deles, e que devem ser operados. Estes seriam os que mais se beneficiariam do procedimento. Nesses casos indicamos o ultrassom doppler transcrâniano e, com certeza, em breve teremos mais opções de exames”, informa o Dr. Daniel Benitti.
Lembre-se: para o tratamento, procure um cirurgião vascular que se mantenha atualizado e que priorize a saúde e o bem estar dos pacientes.
Se você conhece alguém com obstrução das carótidas, divulgue essa informação.
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Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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