Os anti-inflamatórios não esteróides, comumente chamados de AINEs, são um dos medicamentos mais comuns usados para tratar a dor e a inflamação. Existem diversas medicações no mercado que são eficazes em uma variedade de condições comuns, desde dor musculoesquelética aguda até artrite crônica. Eles atuam bloqueando proteínas específicas, chamadas enzimas COX. Isso resulta na redução das prostaglandinas, que desempenham um papel fundamental na dor e na inflamação.
Existem dois tipos de AINEs: AINEs não seletivos e AINEs seletivos para COX-2 (às vezes chamados de “coxibes”).
Há um crescente corpo de evidências de que os AINEs podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares prejudiciais, incluindo ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e fibrilação atrial. Dado o uso generalizado desses medicamentos, essas descobertas geraram uma preocupação significativa entre os pacientes e profissionais de saúde.
É seguro continuar a tomar AINEs?
“No início do século foi feita a primeira associação de inflamação com aterosclerose e doenças cardiovasculares. Por isso, a primeira reação na época foi associar anti-inflamatórios com a tentativa de proteger de doenças cardiovasculares. No entanto, o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral ganhou notoriedade especial com o rofecoxib (Vioxx), um tipo de AINE denominado inibidor da COX-2. Ele causou 140.000 ataques cardíacos nos Estados Unidos durante os cinco anos em que esteve no mercado. A lamentável experiência com o Vioxx aumentou a conscientização sobre o risco cardiovascular dos AINEs e levou a estudos adicionais que mostram que o risco não se limita ao Vioxx, mas está associado a todos os AINEs. O motivo é simples, a medicação não resolve a inflamação, apenas fecha uma via. Dessa forma, a inflamação vai para outro local. O mesmo acontece com as mulheres com Lipedema que acreditam que operar vai resolver o problema delas. A cirurgia, se feita de forma indiscriminada, sem tratar a inflamação antes, pode piorar a vida delas”, alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema, que atende em São Paulo, Campinas e a distância.
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Fatores
Existem vários fatores a serem considerados ao avaliar o risco potencial da terapia com AINE.
O primeiro é a duração do tratamento. O risco de ter um ataque cardíaco ou derrame é extremamente pequeno em um curto período de terapia (menos de um mês), como seria o caso no tratamento da dor aguda de uma lesão musculoesquelética, como tendinite.
Outra consideração importante é a dose e a frequência. O risco tende a aumentar com doses mais altas e maior frequência.
O terceiro fator é se a pessoa tem uma doença cardiovascular existente. Em pessoas sem doença cardiovascular conhecida, o aumento absoluto do risco é incrivelmente pequeno (um a dois eventos cardiovasculares em excesso para cada 1.000 pessoas que tomam AINEs).
Muitos pacientes com doença cardíaca pré-existente podem ser tratados com segurança com cursos curtos de AINEs. No entanto, a escolha do AINE específico e da dose é mais importante nesses pacientes. Existem estudos demonstrando que o AINE não seletivo naproxeno ou o AINE seletivo COX-2 celecoxibe podem ter o melhor perfil de segurança em pacientes de alto risco.
Em resumo, embora todos os AINEs estejam associados a um risco cardiovascular aumentado, a magnitude do risco aumentado é mínima para a maioria das pessoas sem doença cardiovascular que os tomam por curtos períodos de tempo. Para pacientes com doença cardíaca ou que requerem tratamento de longo prazo com altas doses de AINEs, o risco aumentado é mais preocupante. Se você se enquadra nesta categoria, discuta as opções com o seu médico para determinar se uma terapia alternativa é possível ou para ajudar a selecionar a opção de AINE mais segura para você.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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